Cardápio METAL da Semana

segunda-feira, 2 de março de 2009

Saudações MetalSplashers!!!!
Foi dada a largada para o “MetalSplash Fest I : Fome de Metal!!!”. Os ingressos já estão à venda na loja Multilation, então corram porque o primeiro lote é limitado.
Mas enquanto a gente não quebra o pescoço junto, vamos ao nosso menu metálico da semana.


Muito de seu cerne é composto pelo Thrash Metal, mas a forma como são exploradas as mudanças de andamento, variação de linhas vocais e, principalmente, o inteligente uso dos teclados, torna tudo tão denso, atormentador e com tal riqueza de detalhes que impressiona mesmo. E o melhor de tudo é que o Hargos não se perde nestas experimentações todas... Os mineiros provam que sabem o que querem ao deixar tudo devidamente amarrado, garantindo a importante homogeneidade que define qualquer banda.


Destaques? Praticamente todas as 10 faixas, há muita coisa boa por aqui... “Hero Betrayed” e “Carnage” são exemplos da boa variação rítmica e vozes muito bem trabalhadas; “The Beginning” prima por emocionantes vocalizações grudentas; ou ainda os verdadeiros arrasa-quarteirões “Tsunami” (que guitarras!!!) e “Chaotic City”.

O Hargos não se escora somente no lado mais agressivo da música, tanto que “Silent Angel” é a típica balada metálica que vai crescendo aos poucos, onde o vocalista Breno divide as vozes com a convidada Isabela Santos num dos momentos mais bonitos do disco. E, falando em participações, o álbum também conta com a voz de Wallace Parreiras (Eminence) e o conceituado Marcus Viana, que toca violino elétrico em “Baghdad” e “Silent Angel”.

Com uma produção irretocável de Stanley Soares (veterano que já trabalhou com Motorhead e Sepultura), “Shadows Of Violence” é mais uma amostra da criatividade brasileira ao moldar, com paixão e fúria, sonoridades já clássicas do Heavy Metal em algo bastante particular. Com certeza um dos grandes discos nacionais de 2007. Confira e tire suas conclusões!



A apresentação em questão aconteceu no Latvéria Pub em 2003, na própria cidade natal da banda, sendo que por trás do esforço em liberar este “More Live Than Never” há boas histórias descritas no release enviado ao Whiplash! Detalhes curiosos que faço questão em compartilhar com o leitor, tais como o fato de os proprietários do Latvéria terem a infeliz constatação de que o piso do estabelecimento afundou vários centímetros em função dos pulos do público durante esta apresentação do Orquídea Negra.

Cômico também é o fato de um dos maiores fãs da banda estar bem na frente do palco berrando feito um alucinado durante todo o show... O Orquídea Negra teve de acrescentar em estúdio sons de uma grande platéia (um Maracanã lotado!!!) para conseguir encobrir os sons eufóricos de seu amigo e conseguirem passar ao ouvinte a sensação de um grandioso espetáculo para milhares de fãs.

Ainda sobre overdubs, os catarinenses fazem questão de admitir seu uso, afinal, a gravação do evento foi feita em apenas quatro canais. Como o baixo e a bateria não ficaram com a distorção desejada, acrescentou-se em estúdio uma segunda guitarra e teclados. Todos os envolvidos no processo merecem reconhecimento, pois o resultado final ficou bom, considerando as condições em que tudo foi feito.

E para quem ainda não conhece o trabalho do Orquídea Negra, “More Live Than Never” é uma boa maneira de começar a curtir, tendo em vista que aqui estão apresentadas as canções mais representativas de seus discos, seguindo o Heavy Metal clássico com muita influência de Iron Maiden e Judas Priest. Faixas como “Hunting Devil”, “Meeting Fear” e “Surrender” possuem ótimos arranjos e tem grande impacto ao vivo.
Também há como bônus de estúdio a inédita “The End Of Your Days”, bem power metal com excelentes vocalizações e um belo solo de guitarra. Fechando, uma bonita versão acústica para “Surrender”, que originalmente constava no LP “Who´s Dead?”.

Para quem não conhece, o Carro Bomba, inicialmente um "power trio", lançou 2 álbuns com fortes influências do rock setentista, sempre favorecendo o peso e a agitação. Dessa vez, após mudanças na formação (em especial, a adição do vocalista Rogério Fernandes como quarto membro), a banda resolveu apostar em uma sonoridade diferente e mais atual. Mas, se você pensou em algo mais suave ou mais acessível, errou feio!

A faixa de abertura "Punhos de Aço", com sua guitarra pesada e bateria "matadora", certamente levará o ouvinte a fincar seus dentes e se preparar para receber mais "pedrada" em faixas como "Sangue de Barata", "Bomba Blues" (esta bem "stoner rock"), "Válvula" e "Intravenosa". Já as arrastadas "Fui" e "O Passageiro da Agonia" podem desagradar os fãs do lado mais "setentista" da banda, por sugarem muito da fonte do "sludge metal".

As letras de "Nervoso" também conseguem chamar atenção, por serem bastante fiéis à proposta realmente "agressiva" do álbum. Com isso, temos um trabalho ainda mais homogêneo, e com uma identidade muito bem definida. Mas, não pense em simples "revolta adolescente". Escutando as faixas "O Foda-se" e "O Foda-se II" com atenção, nota-se algo mais "profundo" do que aquilo que os títulos sugerem...

Sim, o Carro Bomba arriscou fazer um som mais pesado e atual, conseguindo um resultado positivo. Não, este não é o melhor trabalho da banda. Por outro lado, "Nervoso" terá um espaço especial na discografia do quarteto se for mantido como uma experimentação "única". Afinal, sejamos sinceros: o que mais chama atenção no Carro Bomba não é a "chupação" do rock "das antigas", feita com extrema competência em seus 2 primeiros álbuns? Pois então...

É isso aí galera espero que o rango desta semana dê pra matar um pouquinho a vossa “Fome de Metal”
Até Domingão no chat MetalSplashers, ou durante a semana em nossa comunidades ou no myspace.
KEEP ON ROCKING FRIENDS!!!!!

4 Metalsplashers:

Carolina Cruz disse...

Carro Bomba comanda! =D

Beijos!

Anônimo disse...

E inclusive o vocal Rogério Fernandes foi lá no Metalsplash dar uma entrevista ao lado do seu brother Nando Fernandes! hehe

Anônimo disse...

Ah! antes que eu me esqueça - ótimo cardápio, Mr. Sérgio!

bjsss

Mafia BLS disse...

Foi bombásticamente nervoso, eu sei...rsrsssr

Desculpem não resiti a piadinha