Só pra quem é fã: Resenha do Show do Opeth

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Depois de 9 álbuns de estúdio, já estava mais do que na hora da banda sueca Opeth brindar o Brasil com uma apresentação ao vivo. Demorou, mais valeu a pena! Impossível de ser classificada ou rotulada, a banda tem conseguido cada vez mais sucesso por sua genialidade e mistura de ritmos que dão um tom inigualável (e hoje muito copiado) em relação a outras bandas de metal. A mistura de vocais guturais com vocais limpos não é novidade no metal, mas o que difere os suecos das demais bandas que utilizam esta técnica é a perfeita combinação disto com letras cativantes, humildade e bom humor dentro e fora dos palcos, e acima de tudo muita paixão por se reinventar sem medo de experimentar!

Primeiramente, falando sobre o local escolhido para o show, o conhecido do público “forrozeiro” Santana Hall. Os pontos positivos do local ficam por conta da localização (apenas 3 min da estação do metrô mais próxima) e da boa visibilidade do palco estando o espectador em qualquer lugar da casa. Os negativos, pelo menos os observados no show do Opeth, são a falta de cuidado com a manutenção (uma cachoeira começou a cair no palco durante a banda de abertura e goteiras perduraram durante boa parte do show do Opeth) e a marcação de outros shows no mesmo dia de outras “bandas”, o que acabou “apressando” a banda. O balanço final é de uma boa casa e que merece ser palco de outros shows, porem precisa de alguns cuidados urgentemente!

A banda responsável por acender a galera foram os paulistanos do “Of the Archaengel”, com seu dark metal competente com algumas pitadas de doom. Apesar de conseguir arrancar aplausos do público, sua apresentação foi muito prejudicada por problemas técnicos, que deixaram o vocalista Alex Rodrigues visivelmente irritado. Aparentemente sem executar seu set completo, a banda deixa o palco ao som de gritos empolgados de “Opeth, Opeth”, vindos do público que a esta altura já lotava as dependências do Santana Hall. Eis que as 19h20 (40 minutos adiantados em relação ao horário programado), as luzes se apagam e a banda surge no palco, levando a platéia a um estado de êxtase sem igual. Logo de início mandam “Heir Apparent”, segunda música do seu álbum mais recente Watershed (2008), com todos os espectadores ansiosos para ouvir o gutural do vocalista e líder Mikael Åkerfeldt. Entretanto, as pessoas que estavam mais próximas ao palco (inclusive este que vos escreve) relataram o baixo volume dos vocais, que assim permaneceu (com alguma melhora) até o final do show. Logo na seqüência a banda executa o petardo “Ghost of Perdition”, do álbum Ghost Reveries (2005), levando o público ao delírio e arrancando lágrimas de alguns presentes, tamanha a emoção com que levaram a música. Ao fim da mesma, Mikael saúda a platéia e inicia seu show “stand-up comedy”! É incrível como o cara faz piadas o tempo inteiro e consegue arrancar risos da platéia. Alem de um grande músico/compositor, ele é um verdadeiro showman! A seqüência fica por conta de "Godhead's Lament", "Creedence" (com um show do baixista Martin Mendez) e "Hessian Peel”, sendo as duas primeiras músicas mais antigas, porem levadas por competência pelos membros mais recentes Fredrik Åkesson e Martin "Axe" Axenrot. Entre uma música e outra, Mikael emenda piadas sobre futebol, mulheres brasileiras, e até mesmo sobre o heavy metal, fazendo o convite para a platéia abandonar o famoso símbolo “devil’s horns” para adotar o novo “the hook”, que consiste em deixar os dois dedos indicadores em forma de gancho. Sobrou até para a camiseta do próprio Mikael com a foto do filme “Conan” ("Vocês já viram esse filme? É um dos piores que eu já vi"). Um piadista!!

Com uma seqüência avassaladora formada pela pesada "The Lepper Affinity", a cativante "Closure", a épica "Night and the Silent Water" e a estupenda “The Lotus Eater”, a banda encerra o set sendo ovacionada pelo público já exausto! Para o já tradicional bis, a banda consegue arrancar a última gota de energia do público ao tocar “Deliverance”, fazendo o chão do Santana Hall tremer mais uma vez!

Público emocionado e banda idem! O saldo final do show foi super positivo, apesar dos pequenos contratempos técnicos e as goteiras em cima do palco. A banda terminou seu show tendo a certeza de que possui no Brasil um público fiel e apaixonado pela banda e por suas melodias únicas dentro da atual cena metal. Fãs estes que cantaram em alto e bom som todas as músicas da banda e deixaram ecoando os vocais guturais para o show de forró que começaria logo em seguida (hehehe)!!!

Fernando Domingues*


Considerado pela equipe do Metalsplash como o fã brasileiro número 1 do Opeth, Fernando Domingues* escreveu esta resenha exclusivamente para nós, pois ninguém melhor que ele para relatar o maravilhoso show que presenciamos dia 05/04 no Santana Hall!

Valeu, Fernando!!!





9 Metalsplashers:

Daniel disse...

o show foi phoda ! a banda de abertura mandou bem tb

Felipe Motta disse...

Não fui ao show... mas a resenha ajudou a querer ter estado por lá!!

Abração e parabéns pelo trabalho Fernando!.... parabéns ao Metalsplash pela iniciativa!! AFINAL quem REALMENTE interessa são os fãs!!!

SEE YA!!!!

Arteathrash disse...

Nandão mandou super bem!
Vcs precisam ver o acervo de itens do Opeth que ele tem!!!

vou afanar as fotos dele e postar aqui! hahahah

show de bola, fãzaço mesmo!!!

Fábio disse...

phoda!!!

Unknown disse...

Esse show foi foda demais!
Os caras mandam muito bem mesmo!

Esse Fernando deve ser realmente viciado p/ conseguir encontrar o cara no aeroporto e tirar essa foto!

Parabéns!!

J.R. disse...

o cara é fã mesmo

Arteathrash disse...

Domingão tá chegandooooo

metalsplash na área!

Unknown disse...

nem de gratis iria num show do xaropeth kkkkk


essa local ja teve carcass e morbid angel há pouco tempo tb.

Metalsplash disse...

In Flames tb, caro Fabrício.
Mas o show do Opeth foi muito bom. O melhor de todos até agora!